Porque, no fim de tudo, vai ser assim: eu, sozinha, com minha xícara de café e umas frases soltas jogadas no papel, na esperança de que façam sentido pra mais alguém além de mim. Porque no fim eu vou estar de pijamas e uma pantufa fofa, acariciando meu passado inteiro com a angústia de quem quer mais. E eu sei que vai ser assim, sabe? A gente sempre sabe como vai ser, no fim. Ainda mais eu, que não tenho o gênio difícil, sou quase imperceptível, ilembrável na maioria dos casos. Sou do tipo esquecida, do tipo tanto faz, do tipo quieta demais, "na minha" de mais.
Sou do tipo que abraça o mundo inteiro, que não tem ódio de ninguém, que faz de tudo pra ser legal o tempo inteiro. Junto todas as forças que eu posso, às vezes elas vêm do dedão do pé, pra que eu possa estar ali sempre, mas de que me adianta tudo isso se no final não vou estar aí com ninguém? Você pode achar drama de minha parte, mas quando se é como eu sou, a gente entende. É, a gente entende que a gente não muda nunca, que nossos amigos sempre vão caber nos dedos de uma mão e que um café é melhor do que álcool.
Hoje eu lembro das pessoas que já passaram por aqui, sempre somem. Hoje eu vejo meu círculo se fechando, afunilando. Nem sei se os bons ficam, já deixei tanta gente boa escapar, simplesmente por não querer fazer a diferença. Essa é a pior parte de ser diferente: não fazer diferença alguma.
Quem é ela?
Júlia Wentz dos Santos - Taurina, cantora de chuveiro, escritora de gaveta e colecionadora de sonhos. Professora de ciências e ~blogueira~ desde 2009. Aqui você pode encontrar um pouco de tudo o que se passa pelo meu mundo e todas as minhas paixões, eternizados nas palavras e forma de contos e crônicas, dicas de modas, produtos e muito mais!

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