Eu não pude pronunciar nenhuma palavra, não pude nem respirar. Você já estava ali, e era tudo o que eu precisava, uma parede, de vidro me impede de tocá-lo, mas não impede que eu viva disso. Ouço musicas novamente, elas me lembram você, acordar e poder te ver, sempre através da grande parede de vidro, eu já tentei quebrá-la, escala-lá, mas é tão complicado, me sinto tão fraca, mesmo sabendo que para suportar tudo isso, sou forte, incrivelmente forte. É uma sensação estranha, um frio anormal, vidros costumam ser gélidos, e agora estou colada na parede de vidro tentando ouvir sua respiração, eu já esqueci como se faz isso, talvez eu nunca soube. Estou colada na parede, tentando atravessá-la, chegar mais perto. Tudo em vão. Seus olhos, mesmo que pareçam frios através da parede, me mostram o caminho, me conduzem, sua voz abafada ecoa em meu espaço e diminui a parede, mas não a quebra. Eu não pude pronunciar palavra nenhuma, não pude nem respirar. Você já estava ali, e era tudo o que eu precisava, escuto sua respiração, seu ar agora me parece vital.
Quem é ela?
Júlia Wentz dos Santos - Taurina, cantora de chuveiro, escritora de gaveta e colecionadora de sonhos. Professora de ciências e ~blogueira~ desde 2009. Aqui você pode encontrar um pouco de tudo o que se passa pelo meu mundo e todas as minhas paixões, eternizados nas palavras e forma de contos e crônicas, dicas de modas, produtos e muito mais!

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